terça-feira, 29 de abril de 2014

FRACASSO ESCOLAR.

FRACASSO ESCOLAR.

O fracasso escolar pode ser compreendido, num primeiro momento, como algo vinculado a  autoestima no processo de aprendizagem, algo que inviabiliza a capacidade de um ou mais indivíduos de aprender, de acreditar e sentir-se digno de que pode apropriar-se do conhecimento.
Ao falar de fracasso escolar, é importante observar quando as dificuldades de aprendizagem vêm encobrir a fragilidade da escola, centrando no aluno todo insucesso de sua não aprendizagem. A falta de conhecimento didático do corpo docente está na raiz do fracasso escolar.
As principais causas do fracasso escolar são oriundas, em sua maior parte, dos sistemas de ensino que não conseguem atender às diversidades de necessidades presentes nas escolas, deixando de identificar onde se localizam as inadaptações à aprendizagem, e levar o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem, considerando como ponto crucial seu modo particular de se relacionar com o conhecimento, ou seja, a aprendizagem escolar.
O fracasso escolar também pode ocorrer dependendo do contexto familiar, cultural, social e político que o indivíduo possa esta:

Aspectos Psicossociais

A questão do fracasso escolar é um dos problemas que mais atingem a educação. Tal problema, apesar dos esforços de profissionais empenhados nas mudanças educacionais, persiste através dos tempos. A partir dessa temática, iniciou-se uma busca das razões que justificassem essa problemática escolar. Desta forma, a importância desse estudo vem de encontro com uma reflexão sobre os “discursos” do fracasso escolar e as questões implícitas em tais discursos.


Tendência Medicalizante

Apesar de não suficientemente aprofundadas, as explicações sobre as raízes do fracasso escolar são reflexos de acontecimentos históricos anteriores.
No entanto, a partir de trinta, constituiu-se um movimento de intelectuais que almejavam reformas educacionais mais concretas. Estes intelectuais receberam espaço político diante das transformações que ocorriam nessa época. “ No âmbito do surto liberal e da movimentação política reformista que ocorria no pais, os pressupostos desta nova pedagogia encontraram terrenos propício a sua divulgação”. (PATTO,1990)
As causas do fracasso escolar até então centradas em características bio-psico-sociais do aluno vão direcionando-se para um novo enfoque, o da carência cultural escolar.

Teoria da Carência Cultural

A teoria da carência cultural surgiu e desenvolveu-se nos Estados Unidos, durante a década de sessenta. Em seguida, expandiu-se para os países da Europa e da America Latina, sendo assim, o Brasil.
Quanto ao fracasso escolar, “constatou-se” que estava diretamente ligado a privação cultural do qual sofria o educando.
No Brasil, a teoria da carência cultural se propagou na década de setenta.
Os estudos e pesquisas voltam-se, então, para a explicação de que os fatores sócio-culturais seriam fortes influencias nas características físicas, perceptivo-motoras, cognitivas e emocionais de cada individuo, segundo Patto 1990.
Essa teoria também procura encontrar soluções para remediar os “males educacionais” . O enfoque de tais programas era centrado na recuperação do ambiente não favorecido á criança na primeira infância. Daí o ensino infantil ser o alvo principal da educação compensatória. No entanto, as taxas de repetência e evasão continuavam efetivas dentro do quadro do ensino brasileiro, chegando a 56% na passagem da 1ª para a 2ª serie em 1977, segundo os dados do MEC.
A partir dessa realidade, nota-se que os programas de educação compensatória não estavam por dar conta do fracasso escolar, mas agravavam mais a situação do escolar.
Portanto, a teoria da Carência Cultural, apesar de ter enfatizado as causas do fracasso escolar provindas do educando, acabou por negar-se a si mesma. Uma vez que suas experiências depararam-se com resultados insuficientes.
Crianças e animais de estimação (18)

COMO A INSÔNIA PODE AFETA SEU ORGANISMO?

COMO A INSÔNIA PODE AFETAR SEU ORGANISMO?

Como a insônia pode afetar o organismo?




Como se dá o diagnóstico da insônia?

Pacientes com insônia devem ser adequadamente avaliados por um médico especializado em Medicina do Sono. Este poderá utilizar-se de um Diário do Sono preenchido pelo paciente ao longo de 1 a 2 semanas onde ele registrará os horários em que levanta-se, deita-se, cochila, toma café, faz exercícios, etc. Isto será de grande utilidade para a abordagem do médico. Poderá ainda ser solicitada uma Polissonografia (exame do sono) para detectar-se possíveis outras doenças do sono que estejam contribuindo para a insônia.

Como tratar a insônia?

O tratamento para a insônia pode ser simples nos casos de início recente ou intermitente. Nesses casos, a utilização criteriosa de comprimidos para dormir de curta ação pode melhorar o sono e atenção no dia seguinte.
Já o tratamento da insônia crônica é mais complicado e consiste em um tratamento multimodal:
  • Deve-se diagnosticar e tratar problemas médicos ou psicológicos que possam estar ocasionando a insônia.
  • Identificar comportamentos que podem piorar a insônia e interrompê-los ou reduzi-los.
  • Pode ser necessária a prescrição de medicamentos para dormir, dando-se preferência àquelas que não causam dependência. Em geral, são prescritos na dose mínima e no menor período de tempo necessário. Para alguns desses remédios, a dose deve ser gradualmente diminuída, uma vez que uma parada abrupta poderia ocasionar a volta da insônia.
  • Técnicas de relaxamento: podem reduzir ou eliminar a tensão corporal e ansiedade. Como resultado, a mente da pessoa é capaz de ficar quieta, os músculos podem relaxar e pode ocorrer o sono repousante. Geralmente é preciso muita prática para aprender essas técnicas e alcançar o relaxamento efetivo.
  • Técnica de Restrição de sono: Algumas pessoas sofrendo de insônia gastam muito tempo na cama tentando sem sucesso dormir. Essas pessoas podem se beneficiar de um programa de restrição de sono que primeiramente permite apenas algumas horas de sono durante a noite. Gradualmente o tempo é aumentado até que seja alcançada um noite normal de sono.
  • Recondicionamento: Outro tratamento que pode ajudar algumas pessoas com insônia é recondicioná-las para associar a cama e o horário de dormir com o sono. Para a maioria das pessoas, isso significa não usar sua cama para nenhuma outra atividade além de sexo e dormir. Como parte do processo de recondicionamento, a pessoa é geralmente aconselhada para ir para a cama somente quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, a pessoa é orientada a levantar e só voltar para a cama quando estiver com sono. A pessoa também deve evitar sonecas. Eventualmente, o corpo será condicionado a associar a cama e horário de dormir com o sono.

O QUE É INSÔNIA?

O QUE É INSÔNIA?


O que é insônia?

Insônia é a dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, prejudicando o bom funcionamento da mente e do corpo no dia seguinte. Estima-se que até 40% dos brasileiros sofrem ou sofreram deste mal nos últimos doze meses.

  • Dificuldade em iniciar o sono;
  • Levantar muitas vezes durante a noite com dificuldade em voltar a dormir;
  • Acordar cedo demais;
  • Sono não restaurador.
A insônia não é definida pelo tempo que uma pessoa dorme ou gasta para cair no sono. A necessidade de sono varia de indivíduo para indivíduo. A insônia geralmente causa problemas durante o dia, tais como: cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.
Ela pode ser classificada como aguda, intermitente, e crônica. A insônia que dura desde uma noite até algumas semanas é chamada de aguda. Caso os episódios de insônia aguda ocorram de tempos em tempos, ela passa a ser intermitente. A insônia é considerada crônica se ocorre frequentemente e dura mais de um mês.

Quais as causas da insônia?

A insônia é geralmente decorrente da ação de fatores estressantes (precipitantes) em um indivíduo que apresenta fatores predisponentes.

Principais fatores predisponentes:
  • Idade avançada
  • Sexo feminino (principalmente durante e após a menopausa)
  • História de insönia em familiares
  • Depressão e outros distúrbios psiquiátricos
  • Doenças orgânicas
  • Tabagismo, etilismo, dependencia química
O tipo crônico é o mais complexo e geralmente resulta de uma combinação de fatores, incluindo os decorrentes de desordens físicas ou mentais e comumente a depressão. Outras causas incluem artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apnéia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertiroidismo. Adicionalmente, os comportamentos a seguir têm mostrado perpetuar a insônia em algumas pessoas:

  • Expectativa e preocupação em ter dificuldade para dormir.
  • Preocupação excessiva com o trabalho, não sabendo esquecê-los após o fim do expediente.
  • Ingestão de quantidade excessiva de cafeína.
  • Beber álcool antes do horário de dormir.
  • Fumar cigarro antes do horário de dormir.
  • Soneca excessiva de manhã ou de tarde.
  • Horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados.
  • Ciclos irregulares de sono/despertar (por um trabalho noturno, por exemplo

PARAMETROS DA DISLEXIA

PARÂMETROS DA DISLEXIA.

Já em seu sentido semântico, percebe-se que a Dislexia está intrinsecamente relacionada a um problema de Linguagem, particularmente Linguagem no sentido de Comunicação.
O disléxic o a
presenta dificuldades no nível mais primitivo da linguagem, o fonológico, o que lhe dificulta progredir para a forma mais complexa, a da compreensão simbólica – Leitura. Ele apresenta dificuldades de leitura porque interpreta mal as características sonoras dos símbolos gráficos (fonemas), reconhece com dificuldade esses sons quando estão integrados na palavra falada, tem dificuldade de compô-los em uma seqüência lógica para formar e reconhecer palavras novas.
A compreensão da função linguagem, seus mecanismos fisiológicos, a cronologia da formação e do desenvolvimento das estruturas anatômicas que a modulam e o reconhecimento precoce de suas disfunções são pré-requisitos fundamentais para entender e reabilitar pessoas disléxicas.
Linguagem – Aspectos anatomofuncionais
Para que a criança desenvolva uma leitura fluída, com compreensão, e também consiga expressá-la através da linguagem verbal e escrita,
seu cérebro deve possuir uma boa estrutura anatomofuncional. Isso envolve os sistemas sensorial, visual, auditivo e táctil, integrados com centros cerebrais que interpretam, organizam e coordenam uma resposta cognitiva motora, práxica, ocular, manual e articulatória da fala.
Todos os estímulos sensoriais, à exceção do olfato, são primariamente processados no tálamo, uma estrutura importante para seleção de estímulos que necessitam processamento rápido. A partir do tálamo, os estímulos são direcionados para áreas específicas localizadas no córtex cerebral cujas funções estão relacionadas à interpretação. Essas áreas interpretativas são mais desenvolvidas no lado dominante do cérebro (geralmente, o lado esquerdo das pessoas destras).
Os estímulos visuais são interpretados nas áreas de associação localizadas na confluência dos lobos temporal, parietal e occipital (giro angular). Esta área realiza o processamento gráfico da leitura. A integração do estímulo visual com o auditivo e a interpretação global da linguagem verbal e simbólica (leitura) ocorre na parte póstero-superior do lobo temporal (área de Wernicke). Uma lesão cerebral nessa área pode ocasionar um tipo peculiar de Dislexia, na qual o indivíduo é capaz de ver as palavras, saber que são palavras e, mesmo assim, não ser capaz de saber o seu significado. É na área de Wernicke que ele adquire consciência do significado daquilo que ouve e vê.
Uma vez processado na área de Wernicke, o estímulo é retransmitido para o córtex motor frontal (área de Broca), região responsável pela organização da resposta motora com a finalidade de executar a articulação da fala ou de retransmiti-la a outros centros motores para a execução dos atos manuais da escrita.
 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

UM DIA...

UM DIA...

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
coleção de fotos de estradas e caminhos para apreciar 4

ENCONTRE-SE COM VOCÊ.

ENCONTRE-SE COM VOCÊ.

precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
fotos de estradas e caminhos para apreciar 17

AMOR...

AMOR...


Amor Incondicional

Amor incondicional significa amor pleno, completo, absoluto, que não impõe condições ou limites para se amar. Quem ama de forma incondicional não espera nada em troca. O amor está em primeiro lugar.

  •  A Lei é o Amor! Não existe nenhuma outra maneira de atingirmos nossa paz interna a não ser pela expressão do amor incondicional.
  •  O amor de Deus é incondicional.
  •  Cuide para que não queiras receber mais do que tens a oferecer, porque há coisas que exigem extrema reciprocidade para que sejam possíveis. Para que um litro de água preencha um vaso, é preciso que este vaso tenha espaço para aquele um litro de água ou mais, pois se ele não tiver espaço suficiente, ele transbordará e a água sofrerá. De modo semelhante, a água precisa estar na medida certa que o vaso comporta ou deixará espaço vazio e aí será o vaso que sofrerá. Com teu próximo é preciso proceder da mesma forma: se você quer viver um imenso amor, é preciso que cultives um espaço imenso em teu coração.
  • fotos estradas e caminhos- céu e nuvens

sexta-feira, 25 de abril de 2014

CONFESSO TODOS OS MEUS CAMINHOS ME LEVAM ATÉ VOCÊ.

CONFESSO TODOS OS CAMINHOS ME LEVAM ATÉ VOCÊ.

Confesso que nunca esperei ter a sorte de, um dia, desenhar em palavras de doçura o tamanho amor que o coração carregaria; talvez por pensar que os poucos que o merecem têm também de viver mil e um desgostos até sentirem tal paixão carinhosa, ou que o mais perfeito encaixe d'almas somente ocorre quando o Destino se cansa de fazer esperar quem verdadeiramente merece.
A verdade, conto-te, é que nunca esperei ter a sorte de encontrar alguém como tu - nem ontem, nem hoje, nem nos amanhãs vazios e ocos de sentido que estivessem por chegar. A verdade, confesso-te em palavras sussurradas ao teu ouvido, é que jamais imaginei ter a chance de conseguir saber-me mais e melhor por caminhar lado a lado a quem tal mo proporcionasse.
Em sílabas simples e modestamente honestas, sou melhor por estar contigo. Sou mais por te ter comigo, todos os dias.
Sei dizer-te que pensava ter o necessário para continuar a caminhar, a seguir em frente como o tinha feito até ao presente; talvez por ignorância ou medo de falhar em ter mais, forçava-me a acreditar que o que tinha comigo era o que precisava para ser absoluta e irrevogavelmente feliz.
Até te conhecer - até o timbre da tua voz se tornar melodia do pensamento, o teu rosto ser pintura permanente de cada dia e os teus toques movimento de magia que faltava naquilo a que eu chamava vida.
Tornaste-te necessário à minha definição de felicidade e insubstituível aos planos de um futuro.
É apenas contigo que, face à pequenez que cegamente acreditava ser tudo o que precisava, me apercebo que era metade de algo maior; és o que faltava à realidade que julgava ser pintura terminada.
Entre a cumplicidade de olhares e a proximidade de sonhos conjuntos, digo-te que somos um só - que cada semelhança não é mais que o carinho de um reflectido no outro em que se reconhece a si mesmo e que cada diferença somente representa o quanto há em nós que nos completa mutuamente.
Contigo, não estou só; sinto ter na palma das mãos a felicidade que não sonhei agarrar assim que os teus dedos se entrelaçam nos meus, tão simplesmente quanto é ser eu mesma. Sinto ser grandiosamente feliz assim que os nossos olhares se tocam e encontram um lar no semblante um do outro - inexplicavelmente, apaixono-me uma e outra vez por quem és, por quem sou contigo e por quem sabemos ser juntos.
Deixo-me perder na imensidão que me sinto ser ao teu lado, somente para me re-encontrar mais completa em cada toque e palavra de carinho que sabes tornar real.
Que faças parte do todos os amanhãs, e que em cada um deles eu te faça tão feliz quanto o que me fazes sentir por estar contigo.
Que continuemos a crescer, tal como tem acontecido com o que nos uni.
 

PENSAMENTOS.

PENSAMENTOS.

Perdido em meios a meus pensamentos, eu percebir que nada sou ,mas sou tudo que eu quiser,sem aparencias, sem querer ser o que eu não sou,porque o que vale vestir uma fantansia para os outros me enxergarem de uma forma que só os agrade,viver de aparencia não e viver e sim vestir um personagem , e depois de um tempo, você vai perceber que sua vida so passou de uma peça teatral,e como em qualquer peça, sempre existirar um final,e você ja parou pra pensar,que você pode terminar sua vida interpletando um personagem,com medo ou receio de ser você?
Douglas de Lima 

Quantas noites acordou com lágrimas frenéticas emergidas de seus olhos, nos quais os mesmos ardiam de modo incessante e eram predominados pela vermelhidão de horas perdidas de sono. Ela sentia algo preso em sua garganta, mas não entendia ao certo o que era, somente precisava que ele fosse desfeito. Queria poder fugir, sumir. Sabia que aquela fase iria passar, mesmo com o relógio congelado, pulsando cada vez mais devagar e com a dor martelando incontrolavelmente com mais força em seu peito. Ela se sentia só. E por um momento pensou em ligar para ele. Fazê-lo lembrar de tudo o que era real demais e acabou. Não sabia se era realmente ódio o que sentia, mas doía. E em uma escala assombrosa.
Mas enfim, com um tempo enorme a ferida em seu pequeno e frágil coração, cicatrizou. Quando via ele esperava pela dor, acreditava que iria sentir o coração ser despedaçado de novo. Mas cessou. A dor não vinha mais. Só a pena que restava dele. Ela havia percebido que não havia nada de ruim consigo, porque lhe ofereceu todo amor do mundo. Ela o amava como ninguém. Mas isso não bastou. Ele infelizmente foi fraco demais e escolheu o mais fácil. O que estava ali. Tão perto. Por isso estava com a outra. Mas nos mesmos olhos que via sinceridade, agora ela via angústia. Porque ele não era feliz, e nem a fazia feliz. Somente a aceitou, porque estava mais acessível. Não tinha desafios. Não demorou muito para ela notar que nunca precisou dele como achava. E que cada lágrima que escorria pelo seu rosto ia para o fundo de sua alma para torná-la mulher. Ele não é, e não foi homem suficiente para lhe ter, porque de simples covardes, o mundo está cheio.


COMPREENSÃO

COMPREENSÃO.

Compreensão

Instrumento fundamental ao ser humano para o relacionamento com o outro.

A compreensão deve permanecer sempre em nossa consciência quando estamos dividindo nosso espaço com companheiros.

Nunca devemos deixar de lembrar que cada um é um ser diferente.

Nasce, cresce e vive diferente de nós.

Sua forma de olhar, sentir e compreender também é diferente.

Seu gosto, sua vontade, seus sonhos, cada um é um.

Assim, é impossível a nós querermos que o outro pense da mesma forma, como também seria demasiado achar que somos possuidores de todas as qualidades e características perfeitas.

Somos, sim, observadores de nós mesmos e do outro.

Somos pessoas compreendedoras da diversidade humana.

VIOLÊNCIA.

VIOLÊNCIA.

Abaixo a violência na infância
            A infância é um período crítico na vida de uma pessoa, já que pode determinar traços de personalidade ou de mentalidade que prevalecerão até a idade adulta. Infelizmente, diversos fatores têm contribuído para a violência entre menores, o que merece maior atenção do Estado e dos responsáveis.
            Dentro de casa, seja pela mídia ou pelos videogames, já há uma influência na mentalidade da criança em relação à violência. Casos comuns, por exemplo, são de notícias tratando de torcedores de futebol de times diferentes cujas discussões levaram ao enfrentamento físico, ou de novelas que retratam a violência entre pais e filhos ou entre marido e mulher. Ambos os casos, por ocorrerem com uma certa frequência, banalizam a violência, tornando-a algo praticamente aceitável e admissível. Outro exemplo disso são os videogames, pois muitos deles envolvem personagens situados em meio a guerras ou em períodos bárbaros da história da humanidade, como a Idade Média. Nestas plataformas de jogo, a violência torna-se o meio de sobrevivência, sendo, mais uma vez, banalizada.
            A violência doméstica também é um fator determinante para a violência por parte da criança. Na maioria dos casos, decorre da miséria da família, a qual, ao possuir renda insuficiente para se sustentar, recorre ao uso de drogas, bebidas ou de violência com os filhos para “compensar” a realidade em que vive. Dessa forma, a internalização do uso da violência em situações rotineiras pode ser uma consequência para os filhos, os quais, muitas vezes, deixam de ir à escola para se envolverem em atividades perigosas ou ilícitas, como a mendicância e o tráfico de drogas, para ajudar a complementar a renda da família. Tudo isso contribui para o comportamento violento nestas crianças.
            Logo, o combate à violência desenvolvida na infância é papel não só dos responsáveis como também do Estado. Os primeiros deveriam controlar o conteúdo acessado pelos filhos nos meios virtuais de forma mais incisiva, enquanto o segundo poderia oferecer políticas públicas de recuperação, aos menores violentos, que incentivassem a educação, o lazer e a cultura em suas vidas. Medidas deste tipo garantiriam um futuro mais promissor a estas crianças.
Catherine Frankel de Paulo

CAMINHO PARA CASA.

CAMINHO PARA CASA.

Alcançamos uma relação pessoal com o Senhor quando tomamos a maior decisão da vida – o ponto critico que nos referimos anteriormente. Esta decisão consiste em crer que Jesus é o Filho de Deus, aquele que morreu por nossos pecados, que foi sepultado e ressuscitou da morte – e como conseqüência o recebemos como Senhor e Salvador.
~John Beckett

O Caminho para Casa

Aqui estão os elementos chaves pelos quais nos reconciliamos com o Pai. Todos e cada um deles são vitalmente importantes. Se apenas um somente estiver ausente, poderá impedir nosso relacionamento de ser totalmente completo.
Nossa condição: Em primeiro lugar precisamos entender que nós estávamos separados de Deus. O abismo que nos separa de Deus é largo e profundo. Herdamos por nascimento um defeito fatal. Como resultado disso, nós vivemos nossas vidas independentes Dele. A Bíblia destaca esta realidade desoladora: “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Se não podemos aceitar o fato de que o pecado nos separa de Deus, nunca chegaremos a um lugar, porque não sentiremos a necessidade de um Salvador.
O remédio de Deus: Em segundo lugar, necessitamos ter uma compreensão muito clara de quem é Jesus, e o que Ele fez por nós, de maneira que possamos com toda confiança por nossa fé em Jesus. Ele se fez como ponte entre o abismo que nos separava de Deus. Nas palavras do apóstolo João: “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Jesus não foi somente um homem bom, um grande mestre, um profeta inspirado. Ele veio a terra como o Filho de Deus. Nasceu de uma mulher virgem. Teve uma vida sem pecado. Ele morreu. Foi sepultado. Ressuscitou no terceiro dia. Subiu aos céus onde tornou se Nosso Senhor.
A morte de Jesus e ressurreição em nosso favor satisfez as exigências de Deus: uma provisão completa para eliminar nosso pecado. Este Jesus, e somente Ele, esta qualificado para ser o remédio para o nosso pecado.
O arrependimento - pessoal é vital no processo de transformação. Arrependimento literalmente significa “uma mudança na maneira de pensar.” Consiste em dizer ao Pai: “Quero estar contigo e longe da vida que levava independente de Ti. Eu peço perdão pelo que tenho sido e o que tenho feito, quero mudar de maneira permanente. Eu recebo o perdão por meus pecados.”

 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

SEGUNDA PARTE DR LENI GUIMALHÃES.

SEGUNDA PARTE DA DR. LENI GUIMALHÃES


Há uma espécie de "círculo cujo centro está em toda a parte e em parte 
alguma".  O poder simbólico é, com efeito esse poder invisível, o qual só 
pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber 
que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem.  A cultura que une 
(instrumento de comunicação) é também a cultura que separa (instrumento 
de distinção) (Bourdieu, 1989: I I).


Os símbolos geram as estruturas do saber, podendo posteriormente se transformar em estruturas de alienação no saber.

Os mesmos símbolos ensinados para estabelecer comunicação podem levar à paralisação e à segmentação do saber. A mesma simbolização pode ter um caminho tanto de aproximação quanto de afastamento do saber e das pessoas. Tentando delimitar melhor este fenômeno em nossa tese de doutoramento, utilizando a terminologia de Roland Barthes, resolvemos efetuar um estudo mais aprofundado das estruturas de alienação no saber.

As estruturas de alienação no saber se apresentam tanto no plano dos idioletos (linguagem grupal e/ou individual) como no da língua (linguagem social). Em ambos a sua característica maior é a coisificação ou reificação da linguagem. E estabelecido, através delas, um processo de alienação de tal ordem que é como se o saber tivesse tomado forma e assumisse uma vida independente do pensamento mais atualizado dos sujeitos. No plano do idioleto, na sua família, a criança pode aprender certas palavras, que crê sejam comuns a todos os sujeitos. Ela pode utilizar o fonema "Bu" e a mãe entender que com isto ela está pedindo um copo de água. No entanto, se ela o empregar para pedir água fora de casa, dificilmente as pessoas poderão compreendê-la. Ela ficou em um idioleto, em uma fala reificada, particularizada, que exclui outras possibilidades de articulação e significações. O mesmo processo ocorre também no plano social, quando a linguagem chega a adquirir uma generalização tão ampla, que pode perder o sentido e a precisão. Assim, ao se falar que uma coisa é superlegal pode se estar frisando o fato de que é uma coisa ótima. No entanto, se essa palavra for freqüentemente utilizada em múltiplas ocasiões, as pessoas poderão ficar em dúvida se o sujeito sabe o que é realmente uma coisa super. Neste caso, a palavra super entrou no lugar do advérbio de quantidade muito. O sentido muito legal ficou camuflado. A palavra super, que se referia originariamente a um contexto superlativo, perdeu o seu eixo original de inserção, tomando a aparência de um advérbio de quantidade.

Em decorrência, pode-se dizer que nas estruturas de alienação no saber é como se os sujeitos não se dessem conta do que estão fazendo e funcionassem em termos de uma elaboração inconsciente, em um nível automático de conceitualização. Pierre Bourdleu designa este processo de "instrumentos inconscientes de construção":


Passo aos conceitos, às palavras, aos métodos que a profissão emprega para 
falar do mundo social e para o pensar.  A linguagem levanta um problema 
particularmente dramático para o sociólogo: ela é, com efeito, um enorme depósito 
de pré-construções naturalizadas, portanto, ignoradas como tal, que funcionam 
como instrumentos inconscientes de construção (Bourdieu, 1987: 39).


No caso da Pedagogia e da Psicopedagogia, as estruturas de alienação no saber, como instrumentos inconscientes de construção, atuam relficando os lugares do discurso pedagógico: o lugar do professor e o lugar do aluno. Ou seja, elas são guias de ação, formas prévias de conceber como o professor e o aluno deverão agir e se comportar. Elas se encontram fundamentalmente no âmbito da própria linguagem, sendo compostas por hábitos, repetições, estereótipos, cláusulas obrigatórias e palavras-chaves, estruturando o pensamento dos sujeitos.

Os símbolos introduzem no sujeito um processo de uso duplo tanto de aproximação quanto de distanciamento das coisas e das pessoas. Os símbolos tendem a formar dentro do sujeito verdadeiras cadeias simbólicas alienadas: as estruturas de alienação no saber. O seu papel fundamental é impedir um contato mais estreito entre os sujeitos ou dos sujeitos com o saber.

Ou seja, elas são estruturas defensivas que, em um determinado momento, são utilizadas pelo sujeito ou pela sociedade para introduzir um distanciamento entre as pessoas ou em relação a um saber novo. Elas revelam formas prefixadas de lidar com o conhecimento e o saber. Formas acionadas pelo desejo de não-saber para que o sujeito, o grupo ou a sociedade se paralisem, impedindo-se de ir para a frente e de conhecer mais. Alícia Fernandez concebe estas estruturas como verdadeiros "clichês", isto é, formas estereotipadas de saber:


Para pensar novas idéias temos que desarmar nossas idéias feitas e misturar
as peças, assim como um tipógrafo ver-se-á obrigado a desarmar os clichês, 
se deseja imprimir um texto no novo idioma (Fernandez, 1991: 23).


As estruturas de alienação no saber se dividem em dois tipos básicos: as estruturas sociais de alienação no saber e as estruturas individuais de alienação no saber.

As estruturas sociais de alienação no saber são sistemas simbólicos utilizados pela sociedade para fornecer um código geral em que os sujeitos encontrarão sempre guias de ação predeterminados. Estas formas alienadas não surgem ao acaso. Elas são os resíduos das estruturas de saber que, ao longo do tempo, perderam o seu potencial gerador de conhecimento, tornando-se formas inadequadas e preconcebidas de apreender a chamada realidade concreta. Elas são formas de saber que perderam a capacidade de possibilitar uma comunicação efetiva entre os sujeitos. Podemos associá-las aos processos vinculados ao cotidiano das pessoas, principalmente ao saber-fazer das pessoas. Por exemplo, o professor, ao longo da sua prática pedagógica, aprendeu a dar aula de um determinado modo. Aos poucos, este processo transformou-se em um hábito, passando a estruturar a sua prática diária. Como Chico Buarque de Holanda costuma cantar: "Todo dia ela faz tudo sempre igual".

As estruturas de alienação no saber são modos de ação socialmente determinados (hábitos, repetições, estereótipos, cláusulas obrigatórias e palavras-chave) que estruturam o que escutar, o que dizer e o que fazer em um determinado momento. O mesmo conteúdo que o professor aprendeu na universidade para formá-lo e informá-lo pode, em outro momento, desinformá-lo e colidir com as suas novas necessidades de atuação docente.

Quando se assinala a importância da constante reciclagem do professor não é porque as teorias simplesmente mudaram, mas porque os símbolos se reificaram impedindo o professor de estabelecer um melhor contato com os seus alunos. As estruturas de alienação no saber enquanto sistemas simbólicos acabam por se constituir em um sistema de crenças a respeito do que-fazer pedagógico, impregnando de forma irreversível o processo de atuação do professor.

O que faz o poder das palavras e das palavras de ordem, poder de manter a ordem ou de a subverter, é a crença na legitimidade das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção não é da competência das palavras. A destruição deste poder de imposição simbólico radicado no desconhecimento supõe a tomada de consciência. do arbitrário, quer dizer, a revelação da verdade objetiva e o aniquilamento da crença (Bourdieu, 1987: 15).

Aquilo que o professor aprendeu durante o período em que era estudante passará a nortear a sua forma de ação docente. Gradativamente, o que eram guias de ação eficazes no princípio, aos poucos se transformam em formas estereotipadas de enxergar os seus alunos. Formas que o levam a estabelecer certos hábitos, certas repetições, certas palavras-chaves etc. Um outro nome que caberia às estruturas sociais de alienação no saber são as formas prefixadas do cotidiano escolar. Formas que engolem as relações sociais tendendo a despersonallzá-las, isto é, esvaziando-as de um contato mais aprofundado entre os sujeitos.

O mesmo processo ocorre com o aluno. Ele passa a lidar com o professor ou com a situação escolar de uma forma preconcebida. O professor passa a ter uma imagem fixa, estabelecida a partir da sua interação com a classe, ou através de situações passadas. Esta forma estereotipada passa a reger todo o contato do aluno com o professor e vice-versa.

Além do efeito deletério nas relações sociais na escola, as estruturas de alienação no saber tendem a gerar outro tipo de processo de alienação: o das estruturas individuais de alienação no saber. Da mesma forma que as estruturas sociais de alienação no saber, elas são compostas por hábitos, repetições, estereótipos, cláusulas obrigatórias e palavras-chave. Em termos sociológicos, pode-se dizer que, enquanto as estruturas sociais de alienação no saber se referem ao plano macroestrutural, as estruturas individuais de alienação no saber se referem ao plano microestrutural. As primeiras, mais abrangentes, delineiam a forma de ação; as segundas, mais específicas e particularizadas, o conteúdo. As estruturas individuais de alienação no saber refletem as formas estabelecidas por cada sujeito para se defender do saber. Lacan esboça alguns destes aspectos:


Neste ensino, assim como numa análise, lidamos com resistências. As resistên-
cias têm sempre sua sede, nos ensina a análise, no eu.  O que corresponde ao 
eu é o que por vezes chamo dos preconceitos que comporta todo saber, e que 
cada um de nós carrega individualmente.  Trata-se de algo que inclui o que sabe-
mos ou cremos saber - pois saber é sempre, por algum lado, crer saber.
Por isto, quando uma perspectiva nova lhes é trazida de uma maneira descentrada 
com relação à experiência de vocês, sempre se opera um movimento pelo qual vocês 
tentam reencontrar o equilíbrio, o centro habitual do ponto de vista de vocês - sinal 
daquilo que lhes explico, e que se chama resistência.  Seria preciso, ao contrário, 
que se abrissem às noções surgidas de uma experiência outra e tirassem proveito 
(Lacan, 1985: 58).


As estruturas de alienação no saber chegam a atingir até certos contextos, em que se acreditaria tradicionalmente haver apenas atuações espontâneas, tais como o uso dos brinquedos e materiais pedagógicos. Antes mesmo de entrar em contato com o material proposto, o aluno utiliza as chamadas estruturas de alienação no saber. Estas têm uma origem dupla: social e individual. No primeiro caso, refletem os sistemas simbólicos onde os símbolos foram inicialmente cunhados: a família e a escola. No segundo caso, as estruturas de alienação no saber refletem o próprio processo de construção dos símbolos pelo sujeito, ou seja, os recortes que o sujeito introduz nos conteúdos que recebeu da sua família e da sua escola.

É importante que o professor perceba que a forma como a criança reage ao objeto não é simplesmente um produto do processo da sua interação com o objeto no momento, mas um produto de sua história pessoal e social. Ao ser apresentada a um material pedagógico ou brinquedo, a criança pode bater ou jogar o material no chão, mordê-lo, olhá-lo fixamente, perguntar a uma outra pessoa de quem é o material etc. Isso porque as estruturas individuais de alienação no saber refletem verdadeiros maneirismos que antecedem o próprio processo de ensino-aprendizagem.

Com as chamadas crianças normais, este processo de transição é muito rápido e pouco percebido. Com as chamadas crianças excepcionais, ele se revela mais claramente, refletindo o processo duplo de implantação da aprendizagem: a do desejo de aprender e a do desejo de não-aprender.

Por exemplo, o professor vai trabalhar com uma criança tida como autista. No contato inicial, ele começa a desenhar algo com uma caneta em uma folha de papel. Aos poucos, a criança se desinibe e começa a desenhar também. O professor faz um bonequinha. O aluno diz que o bonequinha é ele (aluno). Em seguida, dizendo que é ele outra vez, desenha o mesmo bonequinha. O professor dá uma outra folha de papel, pedindo à criança para desenhar outra coisa. O aluno faz outra vez o mesmo bonequinha.

Querendo mudar o comportamento do aluno muito rapidamente, o professor introduz uma outra folha e um material novo - o, giz de cera. O aluno não aceita o giz de cera, preferindo a caneta. O professor insiste no desenho com o giz de cera. O aluno se retrai e se fecha, negando-se a realizar as suas atividades. Devido à estrutura individual de alienação no saber, o aluno continua preso ao objeto caneta e ao desenho do bonequinho, não tendo feito a passagem para o giz de cera e para um outro assunto. Pode-se dizer que ele ainda não se sente livre o suficiente para trabalhar sem um modelo da atuação anterior. Volta-se para o que já sabe, tentando dar conta do momento presente. Pára a cadela simbólica, apanhado em uma estrutura de alienação no saber. Só consegue desempenhar a atividade se ela for feita do modo que aprendeu inicialmente.

O professor pode acreditar que o aluno está querendo chamar a sua atenção. No entanto, o problema é bem mais sério, o aluno foi captado em uma estrutura de alienação no saber que comanda o seu processo de aprendizagem, paralisando-o em um determinado ponto. Para sair desta situação, ele precisa ser trabalhado mais aprofundadamente com o material anterior. O professor precisa atender a esta necessidade especial do aluno.

A Educação Especial e a Pslcopedagogia propiciam esta forma mais aprofundada de se trabalhar com o aluno. Elas levam em consideração as necessidades específicas de cada aluno, privilegiando-se a "escuta" do que está realmente acontecendo naquele momento. Isso porque o sistema simbólico e imaginário do aluno é único, não se devendo lidar com ele a partir de esquemas generalizadores.

No caso mencionado, o professor poderia analisar o processo da criança como uma resistência a materiais novos. Na realidade, havia um eixo estruturando esse processo aparentemente aleatório. A caneta fazia parte de um processo de estruturação do vínculo da criança com o pai. Todas as noites, antes de dormir, o pai ia ao seu quarto para contar uma história. Sendo cartunista, acabava desenhando, com a caneta, uma história para o filho.

A caneta foi o objeto transferencial que propiciou tanto o contato e o seu oposto - o distanciamento dos sujeitos, ao se constituir em uma estrutura de alienação no saber. A caneta não era um objeto qualquer. Retirá-lo rapidamente era excluir o objeto que materializava afeto para a criança, um objeto que a ligava ao pai. A caneta era o objeto gerador de afeto. A sua retirada acabou tendo como conseqüência o fechamento posterior da criança.

Em síntese, os objetos utilizados na aprendizagem não têm uma existência neutra. Eles refletem o próprio processo interior do aluno e do professor. Se o professor não souber, em algum momento, trabalhar aprofundadamente com o material introduzido, os alunos perceberão a sua postura insegura. Com isso, como assinala Mauco, ele acabará expondo, direta ou indiretamente, aos alunos, os seus próprios fantasmas:


A relação aluno-professor vai depender em larga escala do que o professor é 
inconscientemente.  Com demasiada freqüência, os educadores ignoram a 
importância das reações inconscientes, tanto neles como nas crianças.  Esta 
ignorância surge com clareza nas situações afetivas que suscitam a expressão 
dos desejos libidinais recalcados. É assim que a projeção dos fantasmas da 
criança (e os do professor) pode ter naturalmente uma intensidade particular no 
domínio sexual.  Durante largo tempo a Universidade viu em qualquer manifestação 
sexual, por ligeira que fosse, o "Mal" por excelência.  Uma única palavra "indecente" 
ou um desenho "indecente" era suficiente para justificar uma expulsão imediata. 
(Mauco, 1987: 124).


Percebe-se que, no ensino, o professor não introduz um objeto qualquer. O objeto de ensino, enquanto um símbolo, carrega em seu bojo toda a história passada do aluno e do professor, podendo desencadear, em ambos, processos conscientes e inconscientes de atuação. É este sistema prévio que chamamos de estruturas de alienação no saber. É ele que precisa ser trabalhado antes mesmo de o professor e o aluno entrarem em contato com o material em si.

O uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos, do ponto de vista pslcopedagógico, necessita da percepção do contexto em que se encontram inseridos. É preciso que o professor e/ou psicopedagogo identifiquem a matriz simbólica anterior do objeto, para entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas dos alunos.

O uso dos brinquedos, jogos e materiais pedagógicos as estruturas de alienação no saber

Um dos aspectos mais importantes a ser levado em conta pelo professor e pelo psicopedagogo é o reconhecimento das estruturas prévias de alienação no saber que o professor e o aluno apresentam em relação ao uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos. São elas que impedem o objeto seja empregado em uma gama mais rica de utilização.

Apresentamos abaixo algumas das estruturas de alienação no saber mais comuns, tradicionalmente usadas pelos professores e alunos:

1. A concepção e capacidade lúdica do professor. Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos. Ele parte do princípio de 'que o brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. Ela não é imediatamente alcançada. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo, normalmente assume postura artificial, facilmente identificada pelos alunos. A atividade proposta não anda. Em decorrência, muitas vezes os professores deduzem que brincar é uma bobagem mesmo, e que nunca deveriam ter dado essa atividade em sala de aula. A saída deste processo é um trabalho mais consistente e coerente do professor no desenvolvimento da sua atividade lúdica.

2. Os modos estereotipados do professor conceber o material apresentado. Diante de um material novo, é bastante comum o professor estabelecer, uma atitude distanciada em relação a este objeto, colocando-se como especialista e não como quem! brinca com o material. O seu olhar. é técnico, basicamente o olhar do professor ou do psicopedagogo sobre o objeto, isto é, um olhar adulto. Acontece que quem vai utilizar o objeto geralmente é uma criança ou um adolescente. Muitas vezes aí se estabelece uma incompatibilidade entre esses dois olhares.

3. As formas estereotipadas de o professor conceber o aluno. Esta estrutura de alienação no saber introduz um problema bastante sério do ponto de vista da ludicidade. A imagem que o professor tem do aluno não é o aluno. Este está em um outro lugar, tendo de ser resgatado através da fala na relação professor/aluno, pslcopedagogo/aluno. É o próprio aluno que tem de dizer quem ele é, do que gosta, com que quer brincar etc. Normalmente, este é um dos processos mais difíceis de c) professor alterar. Para muitos professores, a imagem do aluno chega a adquirir a certeza de uma crença. O professor acredita piamente que a imagem que ele tem do aluno é o próprio aluno. Ele não percebe que, sendo uma imagem, é um estereótipo, uma construção na linguagem. Em suma, não se dá conta de que a imagem do aluno é uma produção sua, uma interpretação sua de quem é este aluno. O aluno está em um outro contexto, que deve ser resgatado através da própria relação.

4. As formas estereotipadas que o aluno concebe o professor, a instituição, o material proposto. Elas podem impedir ou atrapalhar o seu contato com a instituição, com o material proposto ou com o próprio professor. Uma imagem prévia da instituição feita pelos alunos pode se antecipar à própria captação da instituição real. Uma imagem de uma escola boa ou ruim tende a se perpetuar na mente dos alunos. Da mesma forma, as imagens de bom e mau professor também se antecipam à atuação docente, determinando muitas vezes os rumos do processo de ensino-aprendizagem. Se o aluno não gosta do material proposto, é bastante comum ele rejeitá-lo, sem tentar estabelecer uma outra forma de interação.

5. As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado na comunidade em geral. As grandes indústrias de brinquedos e materiais pedagógicos estabelecem alguns parâmetros para o uso do material. Estes indicadores podem constituir imagens tão impactantes que acabam por desviar o professor ou o psicopedagogo de um trabalho mais aprofundado com o material. É bastante comum os pais e os especialistas (professores e psicopedagogos) tomarem a indicação das faixas etárias, colocadas nas caixas de brinquedos pelas indústrias, como verdades comprovadas. Acontece que muitas classificações partem de indicadores empíricos, não de pesquisas abrangentes com faixas de mercado estruturadas. A indústria pode ter testado em apenas um pequeno grupo de crianças o uso dos brinquedos naquela faixa etária. Os resultados encontrados são generalizados em seguida a um público maior. É a criança que deve se pronunciar a respeito do material, não as indicações vagas do fabricante. Ela usa o brinquedo para atender a uma necessidade especial do momento. Este processo lúdico é que tem que ser privilegiado, e não quaisquer preconcepções dos adultos e/ou dos fabricantes a respeito do brinquedo.

6. As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado. Muitas vezes o professor utiliza brinquedos, jogos e materiais pedagógicos de uma maneira redutora e rotineira. O material a ser dado para o aluno deverá ser farto e variado. O professor ou psicopedagogo poderá criar locais onde, em seu próprio ritmo de trabalho, a criança poderá escolher livremente o que quer fazer. Um dos exemplos mais eficazes desta forma de trabalho são os cantinhos de música, ciências, artes etc. bastante empregados na pré-escola.

O uso do material deverá levar em conta as necessidades especiais e a singularidade do aluno. O aluno poderá se recusar em um momento a trabalhar com o material, preferindo ficar divagando ou conversando. No ensino de I' grau é fundamental que o professor respeite este processo. As crianças chegam a trabalhar, às vezes, quatro horas seguidas em atenção contínua. Ao longo desse período, podem ter um pequeno Intervalo para se refazer, e depois voltar a prestar atenção. Isso não quer dizer que não se irá trabalhar o porquê de a criança não ter desejado lidar com o objeto. No final da atividade, o professor ou psicopedagogo pode pedir a cada criança para verbalizar livremente o que sentiu ao brincar com o material. Elas podem dizer que não queriam brincar, queriam conversar, ficar paradas etc.

O aluno poderá fazer coisas totalmente imprevistas com o material, ações que o professor ou psicopedagogo muitas vezes poderá considerar inadequadas. E preciso julgar estas ações da perspectiva da criança. Somente o aluno, a partir da sua história de vida, conhece as razões para agir daquela maneira.

Uma criança deficiente mental onde quer que fosse levava um paninho e limpava muito bem os objetos, antes de tocá-los. Posteriormente o professor velo a saber que este era o procedimento que a mãe usava rotineiramente com o seu filho. Ela limpava todos os objetos antes de passá-los à criança. Ao agir desta forma, a criança estava simplesmente imitando a mãe e cuidando de si mesma da maneira como lhe fora ensinado.

Crianças com problemas motores necessitam de materiais especialmente criados, para auxiliá-las nas atividades pedagógicas: cadeiras adaptadas, materiais específicos para a escrita etc. Principalmente com crianças portadoras de lesão cerebral, que não falam, mas que apresentam nível de compreensão normal (quadriplégicos, paraplégicos etc.), é fundamental estar atento aos indicadores sutis de cansaço do aluno. Quando a criança que não fala enrijece o corpo pode estar chegando a hora de mudar de atividade. Esta pode ser a única forma de fazer o outro sentir que ela não quer fazer o que é proposto.

Assim, o professor pode, neste momento, perguntar se ela deseja descansar ou continuar a trabalhar, uma vez que ela não consegue sozinha fazer o deslocamento de atividade e material.

O uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos: um objeto estruturado ou um objeto em estruturação?

O que eram então os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos? Eram objetos concretos apresentados aos alunos ou objetos construidos na mente da criança?


A concepção que esboçamos apresenta o material pedagógico como um objeto 
construido durante o processo (ensino-aprendizagem), que se funda em três 
elementos articuladores básicos: o objeto pedagógico, a matéria-prima pedagógica 
e o substrato pedagógico.  Com isso queremos dizer que o material pedagógico tem 
uma concretude ou essência, uma multiplicidade de imagens desta concretude e um 
símbolo representativo da mesma (Mrech, 1989: 50).


A passagem do objeto concreto para o objeto construido pelo aluno nos parece fundamental. O professor pode acreditar que sua visão do objeto é a mesma do aluno. Ele não perceber que, embora a essência do objeto seja a mesma, a sua inserção se dá em um universo simbólico diferente. Para identificar o que o aluno está percebendo, é fundamental captar em que contexto simbólico e/ou imaginário o objeto do aluno se encontrar inserido.

O uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos e a construção da modalidade de aprendizagem do aluno

É importante perceber o objeto em construção, para não reduzí-lo a uma leitura rasa do que pode estar acontecendo com o aluno. Este processo é fundamental, porque não é só o objeto do conhecimento e do saber que está sendo construido, mas também a modalidade de aprendizagem do aluno.

O conceito de modalidade de aprendizagem proposto por Alícia Fernandez permite que se passe do universal para o particular, do estático para o dinâmico, do concreto para o abstrato, de uma percepção do objeto pedagógico construido para um objeto pedagógico em construção. O aspecto fundamental deste processo é o modo como se dá o processo de construção do material pedagógico no interior do sujeito. A construção do material pedagógico e da modalidade de aprendizagem do aluno são processos em estruturação:


Em cada um de nós, podemos observar uma particular "modalidade de aprendiza-
gem", quer dizer, uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e para 
conformar seu saber.  Tal modalidade de aprendizagem constrói-se desde o nasci-
mento, e através dela nos deparamos com a angústia inerente ao conhecer-desco-
nhecer.
A modalidade de aprendizagem é como uma matriz, um molde, um esquema de 
operar que vamos utilizando nas diferentes situações de aprendizagem.  Se anali-
sarmos a modalidade de aprendizagem de uma pessoa, veremos semelhanças com 
sua modalidade sexual e até com sua modalidade de relação com o dinheiro 
(Fernandez, 1991: 109).


A modalidade de aprendizagem revela a forma e o conteúdo do processo de estruturação da aprendizagem do sujeito, trazendo em seu bojo a criação do material pedagógico como um objeto resultante do processo de ensino-aprendizagem. Diferentemente do modelo de aprendizagem geral e universalista, a modalidade de aprendizagem é sempre singular e específica. O material pedagógico ou objeto pedagógico construido interiormente Pelo aluno é sempre único. É através da modalidade de aprendizagem do sujeito que realmente podemos conhecer como o material introduzido pelo professor foi captado e quais são as necessidades específicas do aluno. São estas necessidades específicas que deverão nortear o nosso trabalho. João, ao entrar na sala, começa a passar a mão em todos os objetos, como se através deste processo pudesse percebê-ios melhor o objeto. A sua modalidade de aprendizagem o leva a privilegiar o tato como um processo de construção do conhecimento. Todos os objetos com os quais interage são percebidos como objetos táteis. Isso mostra que há em seu interior uma necessidade específica, que o leva a construir a sua modalidade de aprendizagem direcionada para o lado tátil do conhecimento e do saber. Ciente disso, o psicopedagogo ou professor pode estruturar as atividades propostas, ensinando as diferentes texturas dos objetos: áspero, liso, aveludado etc. Ou pode pedir para que a criança fale de suas percepções, investigando o modo como ela constrói o objeto.

O que são os brinquedos e materiais pedagógicos enquanto objetos estruturadores do conhecimento e do saber?

Primeiramente brinquedos, jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu bojo um saber pronto e acabado. Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em potencial. Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno.

Em segundo lugar, o material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para todos os sujeitos. O material pedagógico é um objeto dinâmico que se altera em função da cadeia simbólica e imaginária do aluno.

Em terceiro lugar, o material pedagógico traz em seu bojo um potencial relaciona], que pode ou não desencadear relações entre as pessoas. Assim, o objeto que desencadeou relações muito positivas em uma classe pode ser o mesmo que paralisará outra.

Em quarto lugar, o material pedagógico são objetos que trazem em seu bojo uma historicidade própria. Além de portar a historicidade de cada aluno e professor, eles apresentam também a historicidade da cultura de uma dada época. Por exemplo, poderíamos pensar que a boneca da Grécia antiga apresenta em seu bojo as mesmas características simbólicas e imaginárias da boneca contemporânea. Mas será que isto é verdadeiro?

Conforme a Sociologia e a História Antiga, as bonecas gregas estavam inseridas em sociedades distintas do ponto de vista sócio-econômico. A sociedade grega era escravagista, com um lugar peculiar em relação à posição da mulher. Em Esparta, a mãe destruía os filhos que apresentavam algum tipo de deficiência. Privilegiava-se mais o vínculo da mãe com a sociedade do que com a criança. Nosso conceito de maternidade é diferente da concepção de maternidade da Grécia antiga, o que acaba afetando também a visão do objeto concreto boneca.

Quando se lida com brinquedos, jogos e materiais pedagógicos deve-se atentar a uma enorme quantidade de estruturas de alienação no saber que cercam estes objetos. É preciso que elas sejam identificadas com precisão, para que o processo de intervenção psicopedagógica se realize mais facilmente.

O uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos o processo de construção da inteligência do aluno

É importante não se fazer uma leitura rasa do processo de escolarização e construção da inteligência da criança. Howard Gardner estudou a possibilidade de a criança apresentar mais de um tipo de inteligência:


(... ) Em certo sentido, ler abre o mundo.  O estudo de Scribner-Cole nos 
relembra, porém, que devemos ser cuidadosos antes de supor que qualquer 
forma de educação necessariamente acarreta amplas conseqüências.  E, de 
fato, quando consideramos as vastas diferenças entre uma escola rural e uma 
escola religiosa tradicional ou entre uma escola religiosa tradicional e uma 
escola moderna, parece claro que o tipo de escola faz uma diferença intelectual 
tão grande quanto o fato da escolarização em si (Gardner, 1994: 275).


Muitas vezes, ao longo da formação da modalidade de aprendizagem do sujeito penas certas faixas de inteligência foram privilegiadas. Na sociedade tradicional é bastante comum um desenvolvimento baseado nas atividades de memorização; assim como na sociedade moderna ocorre um privilegiamento do pensamento lógico-matemátlco. Por razões de ordem pessoal o aluno pode ter ficado exposto a outras faixas específicas do processo de conhecimento.

Uma criança autista que gostava de música ficou muito mais exposta a discos e fitas musicais do que uma outra que não gostava. O professor pode partir deste aspecto para a ensiná-la. Com isso, o aprendizado da música deixou de ser apenas um efeito mecânico do processo de memorização da inteligência musical para tornar-se produto de uma investigação e estruturação de outros tipos de inteligência.

Tradicionalmente se pressupõe um uso de brinquedos, materiais e jogos em que se acredita que os conhecimentos de um tipo de 'Inteligência transitem facilmente para outro. Gardner revelou que este processo não ocorre de forma natural e precisa ser desencadeado pelo professor.


(...) cada inteligência é relativamente independente das outras e que os 
talentos intelectuais de um indivíduo, digamos, em música, não podem 
ser inferidos a partir de suas habilidades em matemática, linguagem ou 
compreensão interpessoal (Gardner, 1994: XI).


Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos geralmente são empregados a partir de um modelo de inteligência unidimensional que privilegia o eixo cognitivo. Estudos recentes têm revelado que as inteligências podem ser várias e não necessariamente intercambiáveis entre si. Embora a criança autista tenha uma excelente memória para a música, isto não quer dizer que o mesmo ocorra com os seus outros tipos de inteligência. A sua inteligência lingüística pode ainda não ter percebido o sentido das palavras. A sua inteligência lógico-temporal pode ainda não saber o que é passado, presente e futuro etc.

Embora o mesmo material tenha a possibilidade de ser utilizado por várias inteligências, isto não quer dizer que ele seja efetivamente empregado na prática. Ele pode ficar apenas no uso potencial. Conforme o aluno um trabalho mais específico pode ser necessário.

DR LENI MAGALHÃES " USO DE BRINQUEDOS NA PSICOPEDAGOGIA, PSICANÁLISE .

DR LENI MAGALHÃES " USO DE BRINQUEDOS NA PSICOPEDAGOGIA, PSICANÁLISE.

O USO DE BRINQUEDOS E JOGOS NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Profa Dra Leny Magalhães Mrech

Para todos aqueles que trabalham com Psicopedagogia e Educação Especial é bastante comum a vivência de situações em que é preciso estabelecer a intervenção psicopedagógica em função das necessidades especiais da criança. Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham neste momento um papel nuclear.

Este trabalho visa discutir alguns aspectos fundamentais na estruturação do processo psicopedagógico tendo em vista a construção do conhecimento e do saber por parte da criança através do uso de brinquedos e jogos.

Tradicionalmente, este processo tem sido abordado a partir de uma ótica redutora que atribui a uma ou duas variáveis a responsabilidade pelo processo de aprendizagem da criança. É bastante comum os professores se referirem à situação familiar como a grande responsável pelos problemas apresentados pela criança: "Os pais de fulano se separaram!". Esta postura introduz um privilegiamento da variável psicológica, como se, através dela, fosse possível entender o que ocorre com a criança.

A intervenção psicopedagóglca veio introduzir uma contribuição mais rica no enfoque pedagógico. O processo de aprendizagem da criança é compreendido como um processo pluricausal, abrangente, implicando componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores, sociais, econômicos, políticos etc. A causa do processo de aprendizagem, bem como das dificuldades de aprendizagem, deixa de ser localizada somente no aluno e no professor e passa a ser vista como um processo maior com inúmeras variáveis que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo professor e psicopedagogo.

Um outro problema bastante grave a ser ressaltado é uma concepção redutora do modelo piagetiano que tem sido adotada em boa parte dos cursos de Pedagogia, no qual são privilegiadas apenas as colocações iniciais da sua obra. Ela tem direcionado os professores a conceberem o processo de ensino-aprendizagem de uma maneira estática, universalista e atemporal. Com isto ficam de fora as contribuições mais importantes de Piaget em relação aos processos de equilibração e reequilibração das estruturas cognitivas.


O educador já não se defronta com um processo linear de crescimento e 
desenvolvimento, tanto no desenvolvimento intrínseco como na expressão, 
mas com um realizar-se descontínuo no qual fases e períodos se entrecruzam, 
se opõem dialeticamente, oposições de que resulta uma nova estruturação.  
PARAGENS (sic), ACELERAÇÕES, SALTOS BRUSCOS, SÃO A EXPRESSÃO 
FORMAL.  Isto altera completamente o panorama da pedagogia graduada: se o 
desenvolvimento não é contínuo e ininterruptamente acelerado e progressivo, como 
se lhe adequará uma educação regulada por grandes períodos de desenvolvimento?  
Como pretender apreender a instabilidade do desenvolvimento pela estabilidade dum 
processo educativo que se mede por anos?  Os fins da pedagogia não deveriam 
apontar para o homem futuro, o que realmente será permanente e atuante, e não 
para as etapas da idade evolutiva? (Merani, 1977: 91).


Esta visão aponta um deslocamento de uma vertente universalista atemporal para uma vertente particularista temporal. Kohl revela alguns dos aspectos fundamentais deste processo:


O cérebro, no entanto, não é um sistema de funções fixas e imutáveis, mas um
sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento 
são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual.  
Dadas as imensas possibilidades de realização humana, essa plasticidade é 
essencial: o cérebro pode servir a novas funções, criadas na história do homem, 
sem que sejam necessárias transformações no órgão físico.  O homem transfor-
ma-se de biológico em sócio-histórico, num processo em que a cultura é parte 
essencial da constituição da natureza humana.  NÃO PODEMOS PENSAR O 
DESENVOLVIMENTO PSlCOLÓGlCO COMO UM PROCESSO ABSTRATO,
DESCONTEXTUALIZADO, UNIVERSAL: O FUNCIONAMENTO PSlCOLÓGlCO, PARTICULARMENTE NO
QUE SE REFERE ÀS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES, TIPICAMENTE 
HUMANAS, ESTÁ BASEADO FORTEMENTE NOS MODOS CULTURALMENTE 
CONSTRUÍDOS DE ORDENAR O REAL (Kohl, 1993: 24).


O fundamental é perceber o aluno em toda a sua singularidade, captá-lo em toda a sua especificidade, em um programa direcionado a atender as suas necessidades especiais. É a percepção desta singularidade que vai comandar o processo e não um modelo universal de desenvolvimento. Isto porque o uso do modelo universalista camufla normalmente uma concepção preestabelecida do processo de desenvolvimento do sujeito. Na intervenção psicopedagóglca deve-se evitar as chamadas "profecias auto-realizadoras", isto é, prognósticos que o professor lança a respeito do processo de desenvolvimento de seu aluno sem levar em consideração o seu desempenho.

É preciso que o professor ou pslcopedagogo também altere a sua forma de conceber o processo de ensino-aprendizagem. Ele não é um processo linear e contínuo que se encaminha numa única direção, mas, sim, multifacetado, apresentando paradas, saltos, transformações bruscas etc. O processo de ensino-aprendizagem inclui também a não-aprendizagem. Ou seja, a não-aprendizagem não é uma exceção dentro do processo de ensino-aprendizagem, mas se encontra estreitamente vinculada a ele. O aluno (aprendente, em termos de psicopedagogia) pode se recusar a aprender em um determinado momento. O chamado fracasso escolar não é um processo excepcional que ocorre no sentido contrário ao processo de ensino-aprendizagem. Constitui, sim, exatamente a outra face da mesma moeda, o seu lado inverso. O saber e o não-saber estão estreitamente vinculados. O não-saber se tece continuamente com o saber. Com isto queremos dizer que o processo de ensino-aprendizagem, do ponto de vista pslcopedagógico, apresenta sempre uma face dupla: de um lado a aprendizagem e do outro a não-aprendizagem.


O desejo de saber faz um par dialético com o desejo de não-saber.  O jogo do 
saber-não saber, conhecer-desconhecer e suas diferentes articulações, circulações 
e mobilidades, próprias de todo ser humano ou seus particulares nós e travas 
presentes no sintoma, é o que nós tratamos de decifrar no diagnóstico 
(Fernandez, 1991: 39).


O uso dos brinquedos, jogos e materiais pedagógicos e as estruturas de alienação no saber

A Psicopedagogia, com base na Psicanálise, revela que o conhecimento e o saber não são apreendidos pelo sujeito de forma neutra. Dentro do sujeito há uma luta entre o desejo de saber e o desejo de não-saber. Este processo acaba por estabelecer para o sujeito determinadas posições a priori da assimilação e incorporação de quaisquer informações e/ou processos formativos. Elas se refletem tanto no plano consciente quanto inconsciente. Diante do uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos o sujeito pode se direcionar tanto para o desejo de saber quanto para o desejo de não-saber. No primeiro caso, através do desejo de saber o sujeito tece o saber. No segundo caso, paralisa o processo formando as chamadas estruturas de alienação no saber (Mrech, 1989: 38). O termo foi cunhado por Roland Barthes em O rumor da língua, para designar um fenômeno novo que ocorreria na cultura:


a meu ver, existe uma antinomia profunda e irredutível entre a literatura 
como prática e a literatura como ensino.  Esta antinomia é grave porque 
se liga ao problema que é talvez hoje o mais escaldante, e que é o 
problema da transmissão do saber; é aqui que reside sem dúvida o problema 
fundamental da alienação, uma vez que, se as grandes estruturas de alienação 
econômica foram postas a nu, as estruturas de alienação no saber não o 
foram (Barthes, 1987: 43).


É bastante comum para todos aqueles que trabalham com Prática de Ensino e Didática vivenciarem uma situação onde o aluno e os professores já formados assinalam que a universidade tende a prepará-los inadequadamente para a sua prática futura. Poderíamos pensar que se trata apenas de uma transmissão inadequada da universidade, apenas uma questão de teoria x prática.

 


JOGOS NA PSICOPEDAGOGIA.

JOGOS NA PSICOPEDAGOGIA.

O USO DE BRINQUEDOS E JOGOS NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS*


Danusa Cunha e Joyce Boer**

Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham um papel fundamental, pois abrange as diversas áreas do conhecimento, oportunizando aprendizagens significativas e contribuindo para a construção do conhecimento e do saber por parte da criança com ou sem necessidades especiais. Nesse sentido, longe de querer esgotar este assunto, apenas ressaltamos aqui alguns pontos de reflexão a partir da leitura do texto "O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças com necessidades especiais". Segundo a autora Mrech (2009, p. 110) "o processo de aprendizagem da criança é compreendido como um processo pluricausal, abrangente, implicando componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores, sociais, econômicos, políticos, etc". Faz-se necessário perceber toda esta singularidade, compreender a especificidade de cada criança, atendendo as suas necessidades.
Por isso precisamos estar atentos as estruturas de alienação do saber, Mrech (2009, p. 114) ressalta que "os mesmos símbolos ensinados para estabelecer uma comunicação podem levar à paralisação e à segmentação do saber" e existem dois tipos: a estrutura social (cultura, grupo familiar e escolar) e a individual (construção dos símbolos). Desta forma, quando a criança e/ou adulto estão brincando é importante observar a forma como reagem frente ao objeto (hábitos, repetições, estereótipos...) e o contexto em que o uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos (contexto simbólico e/ou imaginário), pois se torna um produto de história pessoal e social, não só um processo de interação com o objeto. Lembrando que para a criança e o adulto (aluno/professor/ familiares), os conceitos do objeto são diferentes.
O lúdico e a Psicopedagogia, contribuem para uma escuta do que realmente esta acontecendo naquele momento com a criança, considerando as necessidades específicas de cada indivíduo, sem esquemas generalizadores, pois o sistema simbólico e imaginário de cada pessoa é único. Portanto, o objeto não é estático e sendo dinâmico ele se altera em função simbólica e imaginária de cada indivíduo.
           
_________________

quarta-feira, 23 de abril de 2014

RELACIONAMENTO ( ROSEMEIRE ZAGO)

RELACIONAMENTO ( ROSEMEIRE ZAGO)


Para romper padrões é preciso identificá-los. Pense um pouco sobre seus relacionamentos mais significativos ou seus dois últimos. Como começou? Como acabou? Quais foram os motivos? Consegue perceber algo em comum entre os últimos relacionamentos?
Você aceitou uma relação afetiva mesmo estando consciente de que estava muito distante do que queria? E ainda assim sofre porque acabou? Ou será que não estava muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação? A outra pessoa estava tão interessada que o relacionamento desse certo como você? O que você encontra em comum entre aquilo que vivenciou na infância e seu relacionamento atual? Será que suas atitudes não estão mantendo um círculo vicioso e destrutivo?

Busque as respostas, mas não para se culpar ou se lamentar, desejando que tivesse sido diferente. Remoer o passado não vai fazer com que ele seja modificado. Ficar se lamentando: “Por que isso aconteceu comigo?” não vai ajudar em nada. Mas entender as causas do sofrimento poderá fazer com que mude aquilo que depende exclusivamente de você.

É importante entender e aceitar que os relacionamentos que teve, ou o relacionamento que ainda tem, por mais doloroso e destrutivo que seja, pode ser necessário para seu crescimento e com certeza, poderá trazer muitos aprendizados, se assim os perceber. Responda cada uma das perguntas sendo sincero consigo mesmo.
Escrever facilita reflexão
Se quiser, escreva sobre isso. Escrever as respostas pode facilitar sua reflexão. Identifique os sinais de insatisfação e infelicidade. Muitas vezes há sinais evidentes em nosso próprio corpo através de sintomas que nos mostram claramente que estamos sofrendo e que também ignoramos.

Agora volte a atenção para você. Esconder o que estiver sentindo, evitando pensar, fugindo da realidade, não fará com que modifique sua maneira de amar e receber amor. Considera-se capaz e merecedor de ser amado? Se responder que sim sem pensar muito, repense sobre isso. Muitas vezes gostaríamos de sermos amados, mas nem sempre nos sentimos merecedores. Examine sua vida, suas expectativas a respeito do amor. Isso pode levar algum tempo, não se preocupe, leve o tempo que for necessário. Seja paciente consigo mesmo. Não julgue nem coloque rótulos em seus sentimentos, mas seja compreensivo. Só irá entender o que o levou agir da maneira que agiu, se não for crítico nem se censurar ou punir.

É preciso curar o que precisa ser curado dentro de você. Esse momento deve ser utilizado de forma a aprender e crescer e não para continuar a sofrer. Só assim conseguirá realmente curar o que tanto lhe dói. É isso que irá prepará-lo para um relacionamento saudável e construtivo, sem agressões, cobranças, inseguranças, mas com uma constante troca de amor!

RELACIONAMENTOS.

RELACIONAMENTOS.


"É importante entender e aceitar que os relacionamentos que teve, ou o relacionamento que ainda tem, por mais doloroso e destrutivo que seja, pode ser necessário para seu crescimento"
O que mais percebo nas queixas das pessoas que atendo no consultório é a tendência a repetir padrões conhecidos de comportamentos, os quais são repetidos sem a consciência que isso está ocorrendo. Como isso acontece?
Alguns padrões de comportamentos aprendemos muito cedo, ainda em nossa infância e passamos a repetir alguns desses padrões de comportamentos nos relacionamentos afetivos. Será que muitas vezes você não agiu em seu relacionamento como aprendeu que deveria agir e que nem sempre era o que queria de verdade? Será que o que espera do outro não é muitas vezes aquilo que não teve em sua infância e por ignorar esse fato, está sempre buscando relacionamentos que nunca o satisfazem?

A verdade é que tendemos a repetir padrões já conhecidos. Quais foram os modelos de dar e receber afeto e amor que teve? Muitas pessoas acreditam que amar é sofrer, ou ainda, por exemplo, quem teve uma família com brigas constantes, agressões, poderá repetir esse mesmo padrão de comportamento em sua relação afetiva, ainda que queira exatamente o contrário. Um exemplo comum é de quem teve um dos pais alcoólatra e, apesar de não terem desenvolvido o alcoolismo, pode se relacionar com alguém também alcoólatra. Outro exemplo é quem teve um pai ausente, poderá buscar um companheiro tão ausente como o pai. Quem teve uma mãe autoritária poderá se deparar com uma esposa com atitudes iguais, apesar dos anos que se passaram.

Mas por que isso acontece?

É como se buscássemos resolver questões que não conseguimos resolver no passado e assim, as repetimos. Esse processo acontece de forma inconsciente, por isso nem sempre percebemos facilmente. Tudo isso pode acontecer com o intuito, inconsciente, de resolver conflitos do passado e que por não terem sido elaborados e compreendidos, se repetem para que sejam compreendidos e aceitos. É como se o inconsciente nos desse a oportunidade de resolver aquilo que enquanto crianças não tínhamos estruturas para resolver. É preciso ficar atento, pois nem sempre a situação é tão fácil de ser identificada como os exemplos acima. Muitas vezes a situação atual pode se apresentar muito diferente da original (que aconteceu quando éramos crianças), mas o sentimento gerado é exatamente igual.

Para quem está buscando um novo relacionamento ou não está feliz com a relação atual é importante observar alguns comportamentos que podem ter se tornado padrão com o passar dos anos, e por necessidades inconscientes, fazer com que repita novamente o padrão do antigo relacionamento, sofrendo novamente e sequer percebe.

OLHE!

OLHE!

Quando Você Olhar....


Quando você olhar a sua volta e achar que o mundo se perde em confusão, que os homens se agridem e se destroem em angústias, olhe para dentro de você;

Lembre-se que sua vida não está lá fora, não depende do que você ouve, mas do que está na sua consciência.

O mundo dos outros não é o seu mundo, a menos que você contribua para a degradação e confusão externas e comuns a muitos setores.

Quando olhar à sua volta e só enxergar problemas, busque sua verdade interior, trabalhe os valores que já construiu e a sua sintonia com Deus.

Expresse o melhor de você, pois o mundo é o resultado do que irradiamos e manifestamos, do nosso esforço ou nossa preguiça nossa nobreza ou nosso desajuste.

Quando a descrença povoar seu coração e você vacilar, sofrer e chorar, é porque sua hora de renascer internamente chegou e pressiona você para não mais adiar sua busca de Deus.

Pare então de olhar só para fora e de se impressionar com a propaganda, com que os outros dizem sobre atualização, libertação ou modismos. Olhe demoradamente sua consciência, sua harmonia interna; indague-se, faça
silêncio para que a verdade brote natural.

Há um ponto de luz em seu interior que pode desfazer todas as sombras e dúvidas.

Busque o fluir da luz. Que importa se muitos se enquadraram num sistema egoista e amargo?

Comece você a iluminar, a modificar, a permitir que a paz flua através de você.

Deixe que a fonte divina jorre sobre tudo. Comece agora.

O esforço próprio é a mola do verdadeiro crescimento humano, é nele que está o germe da vitória. Não creia nunca no sucesso fácil, na vitória sem luta.

Cada um se constrói ou se denstrói, se arma, se fortalece e se conquista, ou deixa passar sua hora de crescer e de aperfeiçoar-se.

A mente nos oferece mil opções, escolha o esforço correto para as conquistas definitivas, ninguém pode fazer por nós o caminho.

Trabalho, desinteresse pelo supérfluo e concentração no definitivo eterno são as armas e as portas da libertação.

A cada hora você é chamado, é desafiado para se definir, para aprender nova lição, para expandir a consciência da conquista da paz e do amor a DEUS e ao próxima.


 





REFLETIR SEMPRE É BOM.

REFLETIR SEMPRE É BOM!

Quando o canto e a música forem preocupação de muitos, poucos restarão para preocupar-se com a tristeza, com o desamor, com a discórdia. Que o som das vozes ecoe o mais distante possível numa mensagem de cultura, amor e paz."

Tudo o que não me mata me fortalece.
Autor desconhecido

 Experimentar tudo na vida é bom.As coisas ruins me ensinam a viver.As coisas boas me mantém viva!!! Assim ambas são fundamentais.

A MALDADE HUMANA POR ( PAULO SANTANA)

A MALDADE HUMANA POR ( PAULO SANTANA)


A maldade humana

25 de setembro de 2012 0
A maldade humana Uma das características humanas que mais me intrigam é a delícia em se comprazer da morte dos outros homens ou dos animais.
Um exemplo entre mil: as touradas.
Todas as pessoas que se dirigem a uma praça de touros vão movidas pelo prazer de ver sangue, de assistir a um sacrifício.
A maioria dos aficionados, certamente, vai ver o sacrifício do touro. Mas há uns, entre eles inúmeros turistas, que se apiedam do touro e, conseqüentemente, torcem pelo sacrifício do toureiro, não há outra saída.
O indubitável é que todos que vão lá são inspirados para celebrar o espetáculo de uma desgraça alheia.
É esse impulso ancestral do homem que me deixa atônito. Ele é muito eloqüente nas grandes lutas que se travavam na antigüidade, exemplo as liças do Coliseu, onde em uma só tarde morriam às centenas os humanos e os animais.
E quantos mais morressem, mais se satisfazia a turba. E quantos mais morressem, mais se tornavam populares os governantes da época, os imperadores, por terem proporcionado aos seus súditos aqueles jogos de indizível prazer ótico.
É de tal sorte esse sadismo humano, que se inventam lutas entre galos, entre canários, entre cães e entre outros animais como diversão em que são feitas gordas apostas ou se cobra ingresso pelos espetáculos.
E têm sucesso extraordinário em todo o mundo as lutas de todos os tipos que são travadas entre os próprios homens, entre elas o boxe, a luta-livre, o judô, o sumô, ao fim de tais embates muitas vezes saem feridos os litigantes, quando não acontecem as mortes.
Algumas dessas lutas alcançam tal sucesso em todo o mundo que quantias imensas são comercializadas pela televisão para transmiti-las para diversos continentes. Outras apaixonam seus torcedores em vários países, que lotam os estádios semanalmente, sendo também transmitidas preciosamente pela televisão.
Tudo isso com o assistente das platéias ou os telespectadores babando de gozo com o sofrimento dos lutadores. Quanto maior o sucesso de uma agressão, maior o prazer, que vai até a euforia, do espectador.
Isto desde que o mundo foi criado.
Até os dias de hoje, quando nos gabamos de ter ingressado num milênio civilizado.
Qual o impulso que nos leva a ver a luta pela sobrevivência no mundo animal, principalmente nas savanas e selvas africanas, que nos mostra diariamente o canal Discovery, da TV a cabo?
Sem dúvida alguma, o momento mais importante para o espectador, o que mais o atrai a permanecer com o televisor ligado, é o do embate entre o animal presa e o animal predador.
Se há um bando de impalas, veados, gazelas, búfalos, sob a mira de leões, tigres, leopardos, hienas, aproxima-se para o telespectador o instante máximo da transmissão: aquele em que as feras atacarão suas vítimas alimentares.
Quando um leopardo sai correndo atrás de uma gazela, o telespectador nutre até uma compaixão pela presa.
Pode até torcer que ela escape, mas só estará satisfeito como assistente daquela corrida em busca da sobrevivência, embora isso possa se dar no plano do inconsciente, se ela tiver um desfecho que é quase sempre invariável: a vitória da fera sobre o seu petisco.
Essa inclinação do homem em ter prazer com a dor alheia me atormenta.
Porque fico pensando que é traço essencial da nossa natureza humana a maldade, verificada até mesmo em pessoas consideradas boas e decentes.
Se se for verificar a história humana através dos tempos, vai se notar que ela se dá em cima de guerras, destruições e dominações de uns homens sobre os outros.
Mas será que isso nos autoriza a pensar que o homem intrinsecamente é mau? Eu sempre pensei que sim. Mas há teorias que me desautorizam essa conclusão.
Só que essas teorias trombam espetacularmente com os fatos.