JOGOS NA PSICOPEDAGOGIA.
O USO DE BRINQUEDOS E JOGOS NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS*
Danusa Cunha e Joyce Boer**
Os
brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham um papel
fundamental, pois abrange as diversas áreas do conhecimento,
oportunizando aprendizagens significativas e contribuindo para a
construção do conhecimento e do saber por parte da criança com ou sem
necessidades especiais. Nesse sentido, longe de querer esgotar este
assunto, apenas ressaltamos aqui alguns pontos de reflexão a partir da
leitura do texto "O uso de brinquedos e jogos na intervenção
psicopedagógica de crianças com necessidades especiais". Segundo a
autora Mrech (2009, p. 110) "o processo de aprendizagem da criança é
compreendido como um processo pluricausal, abrangente, implicando
componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos,
motores, sociais, econômicos, políticos, etc". Faz-se necessário
perceber toda esta singularidade, compreender a especificidade de cada
criança, atendendo as suas necessidades.
Por
isso precisamos estar atentos as estruturas de alienação do saber,
Mrech (2009, p. 114) ressalta que "os mesmos símbolos ensinados para
estabelecer uma comunicação podem levar à paralisação e à segmentação do
saber" e existem dois tipos: a estrutura social (cultura, grupo
familiar e escolar) e a individual (construção dos símbolos). Desta
forma, quando a criança e/ou adulto estão brincando é importante
observar a forma como reagem frente ao objeto (hábitos, repetições,
estereótipos...) e o contexto em que o uso de brinquedos, jogos e
materiais pedagógicos (contexto simbólico e/ou imaginário), pois se
torna um produto de história pessoal e social, não só um processo de
interação com o objeto. Lembrando que para a criança e o adulto
(aluno/professor/ familiares), os conceitos do objeto são diferentes.
O
lúdico e a Psicopedagogia, contribuem para uma escuta do que realmente
esta acontecendo naquele momento com a criança, considerando as
necessidades específicas de cada indivíduo, sem esquemas
generalizadores, pois o sistema simbólico e imaginário de cada pessoa é
único. Portanto, o objeto não é estático e sendo dinâmico ele se altera em função simbólica e imaginária de cada indivíduo.
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